sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fake.

     Pra quem não sabe, fake vem do inglês e significa falso. Um perfil fake em qualquer rede social (que é o tema da postagem) pode ser interpretado de várias maneiras: você pode criar um perfil para prejudicar alguém, ou simplesmente para conhecer pessoas novas. Geralmente, é quando você cria um perfil no orkut a partir de fotos, nomes e dados de outra pessoa. Os fakes criados com a intenção de "prejudicar" geralmente são identicos aos perfis originais, e o criador do perfil pode se passar por você e tentar detonar a sua vida.

     Mas o que vou falar hoje é do "fake inofensivo". Eu, por exemplo, tenho perfis fakes desde os onze anos, mais ou menos. Nesse caso, é quando você pega fotos de um ator (cantor, escritor ou qualquer pessoa famosa) e cria um perfil como se fosse do próprio artista mas, é claro, sendo você mesmo. O bom desse tipo de fake é que você não precisa se preocupar com coisas do tipo "o que vão achar de mim?" ou "será que vão me excluir simplesmente pela minha aparência?". Reconheço os perigos, claro... Mas alguns dos meus melhores amigos eu encontrei através disso. E é bom, porque as pessoas conversam com você pelo seu conteúdo e não porque você tem isso ou aquilo. Não é por interesse; é por amizade.

     Fiquei dois anos seguidos no fake e então, por algum motivo, parei de usar. E quando voltei... Estava tudo uma bagunça. A única coisa que você encontra nos perfis agora são "só aceito com scrap" ou "só aceito se for com a sua cara". Eu sei que sou nova, mas disso eu posso falar: na minha época as pessoas não se preocupavam se as outras estavam "registradas" em alguma comunidade de "originais" do personagem; não tinham originais. Cada um podia fazer perfil de quem quisesse, como quisesse. Sem nenhum preconceito. Não importava o jeito como a pessoa escrevia, ou se as fotos eram editadas ou não. Não importava o número de amigos, o perfil mais bonito... Nada disso importava. As pessoas se gostavam pelo que elas realmente eram; elas se identificavam. Ainda têm os que se salvam... Mas agora as pessoas são rudes. Rudes, preconceituosas e frias.

     Sinto falta de quando o fake ainda era um lugar acolhedor. Um lugar onde você podia agir com naturalidade, um lugar onde o que mais importava era uma única coisa: fazer amigos.

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