domingo, 29 de janeiro de 2012

É...

     Parece brincadeira... Mas toda essa dor dentro de mim me sufoca. Posso defini-la como... Milhares de correntes. Correntes que me prendem; que me impedem de falar o que sinto. A cada dia que passa, eu consigo perder mais um pouco do que eu costumava ser. A cada dia que passa, eu consigo me perder mais e mais. Minhas palavras já não são como antes. Meu olhar já não é como antes, meu sorriso já não é como antes. Já não consigo transmitir minhas idéias para o papel com tanta facilidade, já não consigo encontrar maneiras de dizer o que me afeta, me machuca. Já não estou mais tão segura de mim. Já não sei mais quem eu sou, e nem mesmo quem eu quero ser. Não sei se consigo, não sei se posso e nem sei se devo. Não sei se arrisco, não sei se me acomodo e nem sei se penso. Não sei se finjo, não sei se interpreto e nem mesmo sei se existo. Não sei se pego, não sei se deixo e nem sei se quero. Não sei se me aceito, não sei se me odeio e nem sei se realmente sei quem sou. Não sei se falo, não sei se grito e nem sei se sussurro. Mas há apenas uma coisa, entre todas essas, da qual eu tenho absoluta certeza: por mais difícil que seja eu não posso me manter calada. Afinal, o que restaria de alguém que se cala diante da primeira censura? O que restaria de alguém que desiste na primeira dificuldade? 


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2 comentários:

Arnold H Tavares disse...

A cada dia nós mudamos, como vamos encarar o "novo eu" isso é por nossa conta. Podemos ter certas incertezas, como, por qual caminho vamos percorrer. Mas tenho a certeza de nunca estaremos estagnados, então o quanto antes acharmos energia para continuar, mais cedo conseguiremos a resposta!

Obs: Simplificando, isto é o "amadurecimento"

Arnold H Tavares disse...

Adorei a forma do qual foi escrito, mostra a intensidade dos conflitos que enfrentamos dentro de nós. E que ao passar dos tempos vamos aprendendo a conviver com eles!

Ótimo trabalho!

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