segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Medo.

     Bem sinceramente? Eu tenho medo. Eu tenho medo de estar aterrorizada, de não saber para onde correr... Medo de não conseguir ser forte. Medo de ser tentada a parar de lutar, medo de ficar sozinha, medo de viver sozinha. Ultimamente, tudo têm se resumido a medo, principalmente o medo de perder aqueles que amo. O medo de não ter passado tempo o suficiente com alguém que me faz feliz, e medo de que qualquer momento seja tarde demais. Medo, medo, medo. A palavra mais terrível do mundo. “Se quer dominar um homem, deixe-o com medo”. Eu tenho medo de temer. Tenho medo de que tudo que eu conheça vá pelos ares e me deixe aqui, sozinha, sem nada. Tenho medo de perder tudo o que tenho... Tenho medo de não merecer tudo o que tenho. Tenho medo de não realizar meus planos, tenho medo de não viver a minha vida como ela deveria ser vivida. Tenho medo de não conhecer quem está longe, e medo de desconhecer quem está perto. Tenho medo de ter falado demais, e medo de ter falado muito pouco, e não tenho vergonha de assumir que tenho medo. Tenho medo de ter dado um abraço sincero a quem não merecia, e de ter deixado o mesmo faltar a alguém que mais precisava do meu carinho. Tenho medo de, um dia, não conseguir mais sorrir. Tenho medo de perder os valores que me pertencem, medo de crescer fria como muitos ao meu redor. Tenho medo de não ter a humildade de pisar em meu orgulho e pedir desculpas, e medo de não ter a capacidade de saber que todos merecem uma segunda chance. Tenho medo de ser injusta, tenho medo de ser injustiçada. Tenho medo de fazer as escolhas erradas e não conseguir voltar atrás para repará-las. Tenho medo de estar ausente demais, e tenho medo de muita ausência na minha vida. Tenho medo do ódio, tenho medo da dor, tenho medo das lágrimas. Tenho medo até do meu próprio coração, que pode vacilar a qualquer momento e dizer aquelas palavras que, mais do que tudo, eu temo: “Desculpe-me, não dá mais. Precisamos desistir”.


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